Liberdade ou Livre - Arbítrio




Liberdade

Por Alfredo Monetti
(in memorian)

O Homem nasce livre, sem escravidões, já que é todo potencial. No entanto, nasce totalmente indefeso.
Só não sobrevive e não tem outra saída senão aceitar a dependência total no convívio com seus semelhantes, na aceitação das regras da maioria, no jogo da comunidade.
A idéia de que o Homem nasce livre é impraticável pois, assume responsabilidades nas primeiras tomadas de consciência, no que implicam as distinções entre o que está certo ou o que está errado.
Então, o que é Liberdade?
A Liberdade tanto pode ser um elemento da própria natureza, como condição intrínseca do Homem ou um estado emocional. Os pensadores, filósofos, sábios, enfim, os grandes condutores de Homens, tem definido Liberdade de múltiplas formas, contudo, todos mantiveram um denominador comum. A Liberdade para o Homem está na dependência de sua própria vontade.
E, o que é a vontade? É um impulso vital. Para exercitar os cinco sentidos, o Homem deve acionar a sua vontade, e esta tem limites, pois ninguém pode fazer exatamente o que deseja e eis que poderá encontrar oposição e freios. A vontade tem limite no direito e nas leis humanas, divinas e da natureza. A manifestação da vontade é normalizada pela moral.
Vontade e Liberdade estão na dependência uma da outra; a vontade deve ser dirigida e o Homem deve trabalhar para dominar o que vicia a vontade, que são as paixões e os vícios.
O Homem não pode exercer sua vontade contrariando as leis da natureza porque sofrerá as conseqüências de sua desobediência.
Assim como existem leis da natureza e leis sociais, o Grande Arquiteto do Universo, estabeleceu leis de conduta espiritual que não poderão ser transgredidas.
A Liberdade, portanto, encontra limites e se manifesta na conformidade do crescimento espiritual do Homem, atingindo este, o conhecimento da verdade, a sua vontade confundir-se-á com a vontade do Ser Supremo e encontrará então, um caminho perfeitamente livre, realizando o desejo maior de conhecer a verdade.
Na Liberdade, obedecendo rigorosamente os direitos de que estamos possuídos e respeitando os do próximo, estaremos numa igualdade com uma harmonia reinante, em busca de justiça e paz, e nessa evolução encontraremos a fraternidade almejada e só obteremos pelo amor ao próximo.
...... a sua vontade confundir-se-á com a Vontade Divina e encontrará, então, um caminho perfeitamente livre, realizando o desejo supremo de conhecer a Verdade.
A Liberdade filosófica deve ser conduzida, isto é, libertar o Homem da sua ignorância, a despeito da real concepção do termo. A Liberdade, por ser um direito natural e social, deve ser conscientizada para que não se transforme em "libertinagem", despotismo e escravidão.
"Conhece-te a ti mesmo" de Sócrates nada mais é que a descoberta dentro da mente humana, de que ainda é escravo de suas paixões e emoções e ignorância e que precisa ser libertado e que esta libertação, não depende de mais ninguém, a não ser de si próprio.
Mas, a Liberdade é equilibrada pela disciplina. Quando a Liberdade não é equilibrada pela disciplina, estabelece-se o caos, que resulta na degradação familiar, pessoal e social.
Em todas as manifestações da vida, o equilíbrio nasce da harmonia, rompe-se o equilíbrio e vem o caos. Assim acontece com a Liberdade : é de sua harmonia com a disciplina que nasce o equilíbrio. A Liberdade sem disciplina é o começo do caos, abrindo-se a porta para a escravidão, que em qualquer sentido avilta o Homem.
O coroamento deste estudo, portanto, é a libertação da mente humana, em busca do seu eterno refugio, o Grande Arquiteto do Universo.
O Homem é um ser perfeito porque é criatura de Deus; as "imperfeições" que são imputadas ao Homem, são imperfeições sociais ou patológicas, "adquiridas" após a criação sem o envolvimento do Criador.
Consideramos e aceitamos o Homem, dentre dos seres animados e inanimados, como sendo o único Ser inteligente.
Partindo do cérebro, através de nervos motores, o corpo humano estabelece relações com o mundo externo por intermédio dos sentidos : visão, audição, olfato, gustação e tato.
Pelo primeiro, apreciamos a forma de todas as coisas; no segundo, a percepção dos rumores; no terceiro, a percepção dos odores; no quarto, a percepção dos sabores e pelo quinto a faculdade de aproveitar a natureza e executar tarefas.
Alem desses sentidos, o Homem possui outros sentidos, ou seja os anímicos :
O Humanitário : que leva Homem a auxiliar o próximo com a sua solidariedade.
O Moral : que visa o bem estar social, o interesse pelo semelhante.
O da Estética : que conduz o Homem a distinguir a perfeição da imperfeição isto é, contemplar o belo.
O Intelectual : que impulsiona o Homem ba buscar o conhecimento através da experiência dos sábios; a ilustrar-se diante de ensinamentos, ver o exemplo de nossos semelhantes e buscar soluções.
O Religioso : que é a inclinação aos assuntos divinos; o estudo do "Livro Sagrado" e a compreensão das coisas sutis e espirituais.
No Homem consideramos duas idades: a mental e a espiritual. A Mental é aquela que é a lucidez de sua mente, a agilidade de suas conclusões e a correspondência de seus reflexos. A Espiritual é aquela que o Homem compreendeu realmente a presença do Criador em sua vida. Conhecemos, assim, a vida vegetativa dos cinco sentidos e diferenciamos a vida mental da vida espiritual.
O Homem, após se conhecer internamente, deve conhecer o seu ser exterior e descobrir através da virtude que praticou a sua verdade.
Para cada ser humano, existe uma verdade que é a concepção no momento, em torno de um assunto, problema ou equação.
Daí, o Homem deve perguntar-se : O que é Pensamento ? O que é Consciência ? O que é Inteligência ? O que é Vontade ? E, então, chegará a o que é Liberdade.
O Pensamento é um atributo divino, colocado misteriosamente dentro do Homem, ocupando todos os sentidos, pois, estes são por ele comandados. Quando o Pensamento da vida periférica consegue penetrar no "mundo de dentro", estará penetrando na Consciência do Homem.
A Inteligência não é cultivada, forma-se nos primeiros instantes da vida do ser. É a faculdade que possui o Homem de discernir e penetrar no âmago dos mistérios.
A Vontade é um impulso vital para exercitar os cinco sentidos. O Homem deve acionar a sua Vontade. Vontade tem limites pois, ninguém pode fazer exatamente o que deseja, eis que,poderá encontrar oposição e freios. A manifestação da Vontade é normalizada pela moral. Vontade e Liberdade estão na dependência uma da outra; ela deve ser dirigida, e o Homem trabalha para dominar o que vicia, a mesma vontade que são as paixões e os vícios. Vontade, no esquema da vida, seria a execução de um projeto pré-estabelecido. E, assim, meus Irmãos, após detalhar todo,ou quase todo, o nosso interior, nos cinco sentidos monitorados pelo cérebro, com o os dos sentimentos anímicos e finalizando com o Ego humano e o Eu Divino, posso discorrer sobre o que é a Liberdade:
"Liberdade é o conhecimento da necessidade e para alcançar seu completo sentido:
a Liberdade é o conhecimento e a superação da necessidade".
A faculdade de exercer sua vontade contrariando as leis da natureza, dos Homens ou Divinas, encontrará barreiras e daí sofrerá as conseqüências de sua desobediência, pela não observância das citadas leis. As leis sociais, de proteção aos direitos dos indivíduos devem ser observadas, porque o meu direito não poderá ferir o direito alheio.
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